Há muitos caminhos para Deus, todos eles válidos se consideramos que podemos chegar a algum lugar se tivemos os conhecimentos e os meios para atingi-lo.
Assim, é tanto inadequado quanto tolo considerar que só existe um caminho para Deus. Há muitos e desconsiderar qualquer um que seja indica em nós não a certeza da busca, mas a incerteza de um encontro divino.
Mas se há muitos caminhos a Deus e todos nos levam até o Criador, onde, afinal, O encontraremos? Em nós mesmos, porque qualquer crença humaniza Deus e, assim, Deus está em nós, em nossa condição humana, com virtudes e defeitos.
Se olharmos sob nossa condição humana de falhas e imperfeições, mas também de humildade, amor e compreensão, é certo que podemos achar Deus em tudo o que somos ou no que podemos ser ou no que devamos ser.
Se, contudo, queremos livrar nossa visão de Deus de nossas falhas, fazendo-o perfeição, convém que olhemos para Deus como o conjunto perfeito e equilibrado que é a Natureza. Seremos, neste caso, levados a não somente encontrar Deus, mas em senti-lo e tocá-lo: o Sol, o vento, a água, a terra, o fogo, as árvores com sua interminável variedade de cores, cheios, frutos, os animais… Tudo na Natureza pode ser tocado e sentido, experimentado de modo sensorial, tornando Deus um ser físico e não apenas uma representação pictórica ou mental. Passa Deus a ser vivo e, neste sentido, também frágil, merecendo bem mais que nosso temor ou devoção, mas acuidade de conservá-lo para nós e para quem vier depois de nós.
Amém!
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